quinta-feira, 13 de maio de 2010

Andarilho sem destino...

Andarilho sem destino, viajante sem pouso certo

Aquele que aproveita o caminho para repensar seus próprios passos,

Atos e palavras sem sentido ficaram para trás, perdidos em alguma curva da estrada.

Não importa o passado, importam as lembranças advindas desse passado...

Cada riso, choro, abraço, abandono, beijo, despedida...

Tudo faz parte do que já passou...

Passado, passagem, passageiro, passante,

Somos eternos caminhantes do tempo, passando por ele, e ele sempre presente e nós, sempre passado, sempre passando...

Cada curva, novas surpresas, novos caminhos.

Novos conflitos convivem com os velhos, rabugentos, mas ao mesmo tempo sábios.

Loucos, mas ao mesmo tempo sensatos.

Novos sentimentos disputam espaço com os antigos, que teimam em permanecer conosco... Ora fortes... Ora fracos... Mas sempre ali.

A bagagem parece se tornar mais leve a cada momento, ou será que nós é que deixamos de sentir seu peso real?

Real até o ponto de perder-se em nossos próprios pensamentos e ilusões. Real ao ponto de se confundir com sonhos e desejos. Real ao ponto de nos tornar irreais.



Lolo Araújo

Um comentário:

  1. Nossa, incrível esse texto... Muito reflexivo e muito bem construído! Parabéns :)

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